Ao longo dos anos atuando com grandes empresas que possuem patrimônio imobiliário, já me deparei com uma realidade comum: imóveis classificados como “propriedade para investimento” que, na prática, só geram custos. E pior — acabam mascarando a real performance financeira da companhia.
Se você tem um imóvel parado, sem uso, sem locação, e sem expectativa de gerar valor no curto prazo, este conteúdo é pra você.
O que é, de fato, uma “Propriedade para Investimento”?
O CPC 28 define propriedades para investimento como terrenos ou edificações mantidos com o objetivo de:
- Gerar receita com aluguel;
Valorizar com o tempo, como um ativo financeiro. 
Ou seja, não são imóveis para uso da empresa (como o ativo imobilizado), nem para venda no ciclo normal de negócios (como estoque).
Mas e quando o imóvel está parado, vazio, se deteriorando? Ainda faz sentido classificá-lo como investimento? É aí que o desafio começa.
Desafios reais que enfrentamos com imóveis improdutivos
Aqui na CPCON, muitos dos nossos clientes chegam até nós com problemas como:
1. Custo constante, sem retorno
- IPTU, condomínio, manutenção, segurança… tudo isso pesa no caixa.
 
2. Desvalorização do bem
- Imóvel fechado e sem manutenção perde valor rapidamente no mercado.
 
3. Distúrbios nos indicadores financeiros
- Ativos improdutivos inflacionam o balanço, distorcem KPIs e afastam investidores.
 
4. Risco contábil e fiscal
- O CPC 28 exige clareza. E o CPC 01 pode obrigar a empresa a fazer o famoso teste de impairment (recuperabilidade), com impactos diretos no resultado.
 
Como o CPC 28 pode (e deve) ser aplicado nesse contexto?
A norma é clara e oferece caminhos:
- Mensuração inicial: pelo custo de aquisição + custos de transação.
 - Mensuração subsequente: custo depreciado ou valor justo (ajustado regularmente).
 - Impairment: se o ativo não tem mais expectativa de gerar benefícios, deve-se fazer o teste de recuperação.
 - Notas explicativas: é obrigatório detalhar como o ativo está sendo tratado e quais riscos representa.
 
E aqui entra a importância de uma gestão estratégica de ativos — algo que vai muito além da contabilidade.
O que recomendamos na prática: ações imediatas
Se você está lidando com imóveis improdutivos, aqui vão os caminhos que mais indicamos:
Reavalie o portfólio
- Classifique o que ainda tem potencial e o que precisa ser descontinuado.
 
Gere alternativas de uso
- Parcerias, adaptação para aluguel, espaços de coworking, entre outros.
 
Venda com inteligência
- Alienar o ativo pode liberar capital e melhorar seus indicadores.
 
Use tecnologia para ter controle
- Um inventário patrimonial completo e atualizado é essencial para decisões embasadas.
 
Resumo
Imóvel parado não é investimento. É passivo disfarçado.
A boa gestão patrimonial começa com a visibilidade total dos ativos e passa por decisões baseadas em dados e estratégia.
No Grupo CPCON, temos 29 anos de experiência em transformar ativos sem uso em oportunidades concretas de retorno financeiro — seja por meio da avaliação patrimonial, análise de rentabilidade, ou estratégias de venda.
Quer se aprofundar no tema? Leia nossos artigos no blog:
- Avaliação patrimonial de empresas
 - CPC 28 – propriedade para investimento
 - Ativos fixos: integrar imóveis e terrenos à estratégia patrimonial
 
E você? Tem imóveis parados na sua empresa? Já considerou o impacto disso no seu resultado?
Fale com nossos especialistas e descubra como transformar patrimônio improdutivo em valor estratégico!