CPC 28

CPC 28 na prática: Transforme ativos parados em oportunidades

CPC 28gestão de ativos
André Gonçalves

André Gonçalves

Diretor Financeiro

Ao longo dos anos atuando com grandes empresas que possuem patrimônio imobiliário, já me deparei com uma realidade comum: imóveis classificados como “propriedade para investimento” que, na prática, só geram custos. E pior — acabam mascarando a real performance financeira da companhia.

Se você tem um imóvel parado, sem uso, sem locação, e sem expectativa de gerar valor no curto prazo, este conteúdo é pra você.

O que é, de fato, uma “Propriedade para Investimento”?

O CPC 28 define propriedades para investimento como terrenos ou edificações mantidos com o objetivo de:

  • Gerar receita com aluguel;
    Valorizar com o tempo, como um ativo financeiro.

Ou seja, não são imóveis para uso da empresa (como o ativo imobilizado), nem para venda no ciclo normal de negócios (como estoque).

Mas e quando o imóvel está parado, vazio, se deteriorando? Ainda faz sentido classificá-lo como investimento? É aí que o desafio começa.

Desafios reais que enfrentamos com imóveis improdutivos

Aqui na CPCON, muitos dos nossos clientes chegam até nós com problemas como:

1. Custo constante, sem retorno

  • IPTU, condomínio, manutenção, segurança… tudo isso pesa no caixa.

2. Desvalorização do bem

  • Imóvel fechado e sem manutenção perde valor rapidamente no mercado.

3. Distúrbios nos indicadores financeiros

  • Ativos improdutivos inflacionam o balanço, distorcem KPIs e afastam investidores.

4. Risco contábil e fiscal

  • O CPC 28 exige clareza. E o CPC 01 pode obrigar a empresa a fazer o famoso teste de impairment (recuperabilidade), com impactos diretos no resultado.

Como o CPC 28 pode (e deve) ser aplicado nesse contexto?

A norma é clara e oferece caminhos:

  • Mensuração inicial: pelo custo de aquisição + custos de transação.
  • Mensuração subsequente: custo depreciado ou valor justo (ajustado regularmente).
  • Impairment: se o ativo não tem mais expectativa de gerar benefícios, deve-se fazer o teste de recuperação.
  • Notas explicativas: é obrigatório detalhar como o ativo está sendo tratado e quais riscos representa.

E aqui entra a importância de uma gestão estratégica de ativos — algo que vai muito além da contabilidade.

O que recomendamos na prática: ações imediatas

Se você está lidando com imóveis improdutivos, aqui vão os caminhos que mais indicamos:

Reavalie o portfólio

  • Classifique o que ainda tem potencial e o que precisa ser descontinuado.

Gere alternativas de uso

  • Parcerias, adaptação para aluguel, espaços de coworking, entre outros.

Venda com inteligência

  • Alienar o ativo pode liberar capital e melhorar seus indicadores.

Use tecnologia para ter controle

  • Um inventário patrimonial completo e atualizado é essencial para decisões embasadas.

Resumo

Imóvel parado não é investimento. É passivo disfarçado.

A boa gestão patrimonial começa com a visibilidade total dos ativos e passa por decisões baseadas em dados e estratégia.

No Grupo CPCON, temos 29 anos de experiência em transformar ativos sem uso em oportunidades concretas de retorno financeiro — seja por meio da avaliação patrimonial, análise de rentabilidade, ou estratégias de venda.

Quer se aprofundar no tema? Leia nossos artigos no blog:

E você? Tem imóveis parados na sua empresa? Já considerou o impacto disso no seu resultado?

Fale com nossos especialistas e descubra como transformar patrimônio improdutivo em valor estratégico!

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