depreciação

Depreciação correta realmente melhora a saúde financeira da empresa?

CPC 27Depreciação ContábilERP
Marcela Malta

Marcela Malta

Diretora de Novos Negócios

Eu recebo essa pergunta com frequência. E a resposta curta é: sim — quando feita do jeito certo.
Falo como quem já revisou centenas de bases de ativos: a diferença entre “cumprir tabela” e usar depreciação como estratégia aparece no EBITDA, no caixa e na conversa com auditor e investidor.

Por que insisto nisso?

Porque depreciação é tradução econômica do desgaste do ativo. Se a tradução está errada (vida útil desatualizada, bens inexistentes, classes trocadas), o texto financeiro sai errado:

  • Resultado distorcido → lucro inflado ou prejuízo artificial.
  • Risco fiscal → divergência entre contabilidade e inventário físico.
  • Decisão ruim → trocar máquina antes da hora ou manter sucata “rentável” no papel.

O que muda quando faço “do jeito certo” (na prática do campo):

  • Demonstrações mais fiéis: o DRE passa a refletir operação, não ruído.
  • Auditoria mais fluida: rastreio por item, nota e data — sem “caixa-preta”.
  • Crédito com stakeholders: conselho, bancos e investidores confiam nos números.
  • Capex/Opex assertivos: substituo o que precisa, no momento certo, com ROI claro.

Comparativo rápido

  • Depreciação “de prateleira” → vida útil padrão, sem inventário, sem lastro.
  • Depreciação estratégicainventário físico recorrente + revisão de vida útil por uso/condição + integração ERP/contábil. Eu opero nesse segundo modo.

Passo a passo que aplico com clientes (enxuto e replicável):

  • Inventariar o imobilizado (existência, estado, localização, responsável).
  • Classificar corretamente (CPC 27) e ajustar bases/custos componentes relevantes.
  • Revisar vida útil por evidência: horas de uso, manutenção, obsolescência.
  • Integrar sistemas (ERP ↔ contabilidade ↔ gestão de ativos) e documentar critérios.
  • Monitorar: contagens cíclicas e reavaliação de premissas ao menos 1x/ano.

Em projetos em que fizemos inventário + revisão de vida útil, vimos: menos ajustes de auditoria, previsibilidade de capex e discussões de board muito mais objetivas. O número “depreciação” deixou de ser custo inevitável e virou alavanca de decisão.

Sinais de que você precisa agir agora:

  • Divergência entre lista contábil e chão de fábrica.
  • Imobilizado com “vida útil eterna” ou 100% depreciado ainda em uso.
  • Auditor questionando critérios; áreas debatendo “quem está certo”.

Resumo: Depreciação não é burocracia; é estratégia de performance. Quando ancora em inventário confiável, vida útil revisada e integração de sistemas, ela protege o resultado, reduz risco fiscal e direciona capex com precisão.

E você — já conferiu se a sua depreciação traduz a realidade dos seus ativos?

Quer entender como a componentização se conecta com outros pilares do controle de ativos? Confira nossos artigos técnicos no blog:

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