Muita gente nem imagina, mas um dos maiores pontos cegos da contabilidade patrimonial está na forma como os imóveis são classificados.
Sim, estou falando de algo que impacta diretamente a transparência financeira da empresa — e, por consequência, sua estratégia, governança e compliance.
Hoje, quero falar com você sobre o CPC 28 – Propriedade para Investimento. E por que esse tema, apesar de parecer técnico, é uma alavanca poderosa para quem sabe usar bem.
O que é o CPC 28?
Se sua empresa tem imóveis próprios que não estão sendo utilizados diretamente nas operações, você precisa conhecer isso:
O CPC 28 define como devem ser reconhecidos, mensurados e divulgados os imóveis mantidos para:
- Gerar renda com aluguéis
 - Valorização de longo prazo
 - Investimentos patrimoniais, sem uso operacional direto
 
Isso inclui: terrenos, salas comerciais, galpões alugados, prédios parados com expectativa de venda ou valorização.
Por que isso é importante?
Porque tratar um imóvel como ativo operacional quando ele é, na verdade, um investimento, muda tudo:
- Mensuração: custo x valor justo
 - Depreciação: aplicar ou não?
 - Impacto no resultado: sim, o tratamento contábil pode influenciar indicadores-chave
 - Transparência em auditorias: erros podem gerar passivos fiscais e contábeis ocultos
 
E o mais grave: Empresas perdem valor de mercado por erros simples de classificação. Já vimos isso acontecer de perto.
Exemplos práticos de imóveis classificados como CPC 28
- Terreno comprado só para valorização
 - Galpão alugado para terceiros
 - Prédio sem uso direto na operação, mas com potencial de revenda
 
Esses ativos não seguem o mesmo tratamento dos imobilizados operacionais (CPC 27) ou dos estoques para revenda (CPC 16).
Quais as melhores práticas para aplicar o CPC 28?
Depois de décadas acompanhando grandes empresas, aqui vão os passos que sempre recomendamos:
- Mapeie todos os imóveis da empresa
 - Classifique corretamente: uso próprio ou investimento?
 - Atualize o valor de mercado periodicamente, quando aplicável
 - Conecte o controle patrimonial com o contábil
 - Implemente sistemas com rastreabilidade e auditoria
 
Essa integração contábil + patrimonial é o que separa as empresas organizadas daquelas que vivem “apagando incêndio”.
Não é só contabilidade. É estratégia.
Tratar corretamente uma propriedade para investimento não é uma obrigação técnica — é uma vantagem competitiva.
Quando sua empresa enxerga seus ativos com clareza, ela:
- Toma melhores decisões (vender, alugar, reclassificar)
 - Reduz riscos em fiscalizações
 - Evita perdas e inconsistências
 - Maximiza o valor financeiro dos ativos
 
Resumo rápido
CPC 28 = clareza + segurança + valor patrimonial real.
Essa norma existe para mostrar o que muitas empresas escondem — às vezes, sem saber: imóveis mal classificados que distorcem resultados e atrapalham a gestão.
Se você ainda não revisou a classificação dos seus imóveis, esse é o momento.
Quer se aprofundar no tema? Confira nossos artigos no blog:
- CPC 28 – propriedade para investimento
 - CPC 27: como transformar o controle de ativos imobilizados em vantagem estratégica
 - Valor mínimo ativo imobilizado: o que a Lei diz e como definir o seu
 
E você? Já sabe como estão classificados os imóveis da sua empresa?
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