Como o CPC 29 pode revelar o verdadeiro valor dos seus ativos biológicos?

CPC 29 - Ativos Biológicos
Veja como o CPC 29 valoriza os ativos biológicos com base no valor justo e fortalece sua empresa no agronegócio.

O CPC 29 é a norma contábil que pode mudar completamente a forma como sua empresa enxerga e apresenta seus ativos biológicos. Ao exigir que esses ativos sejam avaliados pelo valor justo, o CPC 29 revela um potencial que antes permanecia oculto nos balanços tradicionais.

Essa mudança não é apenas técnica — ela abre portas para crédito, atrai investidores e fortalece a governança. Ativos vivos, como florestas e rebanhos, mudam de valor constantemente. Ignorar isso e usar o custo histórico pode distorcer seus números e afetar decisões importantes. Aqui, você vai entender como o CPC 29 resolve esse problema e como a CPCON pode ajudar.

O que é o CPC 29 e qual seu papel na contabilidade do agronegócio?

O CPC 29 explica como as empresas devem registrar os bens vivos que produzem no campo e os produtos que são colhidos deles. Ele foi criado para alinhar a contabilidade rural brasileira às normas internacionais, seguindo os mesmos princípios da IAS 41 – Agriculture.

Mas, mais do que uma exigência técnica, o CPC 29 é uma ferramenta estratégica. Ele permite que as empresas do agronegócio mostrem, de forma precisa e atualizada, quanto valem seus ativos no mercado.

Antes do CPC 29, era comum usar o custo histórico, que ignora a valorização natural dos ativos ao longo do tempo. Em vez de usar valores antigos de compra, a contabilidade passa a considerar quanto esses ativos realmente valem no mercado hoje.

O CPC 29 deve ser aplicado quando houver:

  • Ativos vivos em transformação, como animais em crescimento ou árvores em fase de corte;
  • Produção agrícola recém-colhida, como grãos, leite, frutas ou madeira;
  • Condições para mensurar o valor justo de forma confiável.

E o que ele não cobre?

  • Terras usadas para cultivo (tratadas pelo CPC 27 ou CPC 28);
  • Plantas portadoras (como videiras ou árvores frutíferas, também regidas pelo CPC 27);
  • Produtos agrícolas transformados em outros bens, como vinho ou queijo (que seguem o CPC 16 – Estoques);
  • Ativos intangíveis e arrendamentos relacionados ao campo.

Ativo biológico, produto agrícola e planta portadora: entenda as diferenças com exemplos práticos

Antes de aplicar o CPC 29, é importante saber como classificar corretamente os elementos da produção rural. Nem tudo que é cultivado ou criado no campo é tratado da mesma forma na contabilidade. Cada item tem um papel específico e regras próprias.

O que é um ativo biológico?

É todo ser vivo — planta ou animal — que participa de uma atividade agrícola com fins econômicos. São exemplos comuns: árvores de reflorestamento, gado de corte, vacas leiteiras, videiras e plantações em crescimento.

Como estão sempre mudando de valor, esses ativos devem ser registrados com base no preço de mercado, já descontando as despesas para vender.

O que é um produto agrícola?

É o que se obtém diretamente de um ativo biológico, no momento da colheita ou extração. Ele ainda não passou por nenhuma etapa de processamento.

Por exemplo, o leite recém-ordenhado, o algodão colhido ou a madeira cortada são produtos agrícolas.

Se o produto agrícola for usado para fazer outro item, como vinho ou queijo, ele passa a seguir o CPC 16, que trata dos estoques, e não mais o CPC 29.

O que é uma planta portadora?

São plantas cultivadas para produzir outros produtos por mais de um ciclo produtivo. Elas não são destinadas à venda direta, a não ser como sucata ao final de sua vida útil.

Em vez de seguirem o CPC 29, essas plantas são tratadas como ativo imobilizado, seguindo o CPC 27. É o caso de árvores frutíferas, cafeeiros e seringueiras.

Tabela prática de classificação

Vamos organizar os exemplos mais comuns de forma clara:

ExemploAtivo BiológicoProduto AgrícolaProduto Resultante
Pé de caféSimGrãos colhidosCafé moído ou torrado
Árvores de eucaliptoSimMadeira cortadaCelulose, móveis
Vaca leiteiraSimLeiteQueijo, iogurte
VideiraSim (se não for portadora)Uva colhidaVinho
Planta de algodãoSimAlgodão colhidoFio, tecido
PorcoSimCarcaçaPresunto, salsicha

Essas classificações são essenciais para aplicar corretamente o CPC 29 e garantir que os ativos sejam registrados conforme sua natureza e estágio produtivo. Um erro aqui pode comprometer a avaliação patrimonial e as demonstrações financeiras da empresa.

Como funciona a mensuração pelo valor justo

O CPC 29 exige que os ativos sejam avaliados pelo valor de mercado, e não mais pelo custo de compra. Essa mudança garante que o balanço patrimonial mostre o valor real do que a empresa possui, com base nos preços de mercado.

O valor justo é o preço que um ativo poderia alcançar se fosse vendido hoje, em uma negociação normal, entre partes independentes. Esse valor deve ser registrado já descontando os custos estimados de venda, como transporte, comissão ou armazenamento.

Quando essa regra se aplica

  • No momento em que o ativo biológico é reconhecido pela primeira vez
  • Ao final de cada período contábil
  • No momento da colheita ou extração do produto agrícola

Como o valor justo pode ser determinado

  1. Preço de mercado direto
  2. Quando há um mercado ativo, como o preço da arroba do boi ou da saca de soja.
  3. Preço de ativos similares
  4. Com ajustes por qualidade, idade ou localização.
  5. Cálculo por fluxo de caixa descontado
  6. Quando não há mercado, estima-se o valor com base na geração futura de caixa do ativo.

Se não for possível medir o valor justo de forma confiável, o ativo pode ser avaliado pelo custo. Nesses casos, a norma exige que a empresa explique o motivo e apresente estimativas.

Por que isso faz diferença

Avaliar pelo valor justo traz impactos diretos no patrimônio, na análise financeira e no acesso ao crédito. Atualizar o valor dos ativos com base no mercado torna o balanço mais preciso e fortalece a imagem da empresa.

Como o CPC 29 pode revelar o verdadeiro valor dos seus ativos biológicos?

Quando e como reconhecer um ativo biológico segundo o CPC 29

Antes de avaliar o ativo, é preciso saber quando ele pode ser reconhecido oficialmente na contabilidade da empresa. O CPC 29 define critérios claros para isso.

A empresa só deve registrar um ativo biológico quando todos os pontos abaixo forem atendidos:

  1. A empresa controla o ativo como resultado de um evento passado (como a compra de um rebanho, o plantio de uma floresta ou o nascimento de um animal)
  2. É provável que esse ativo traga benefícios econômicos no futuro (como venda, colheita ou geração de novos produtos)
  3. O valor justo ou o custo do ativo pode ser mensurado com segurança

Ao atender os três critérios acima, o ativo deve ser registrado no balanço pelo valor de mercado. Os custos de venda já devem ser descontados.

Exemplo prático

Imagine uma fazenda que planta eucaliptos para fazer madeira. Assim que as mudas são plantadas, a empresa começa a controlá-las. Se a empresa planeja vender o ativo no futuro, ela já conhece os preços do mercado. Assim, o plantio pode ser registrado como um ativo biológico.

Mas, se não houver um mercado confiável ou os valores forem incertos, a norma permite usar o custo como base. Isso vale até que o valor justo possa ser determinado com segurança.

CPC 29 - Ativos Biológicos

Por que adotar o CPC 29 é uma vantagem estratégica

A adoção do CPC 29 vai além da conformidade com as normas contábeis. Ela representa uma forma mais inteligente de apresentar os ativos biológicos, refletindo seu verdadeiro valor e potencial econômico.

Empresas que usam o valor justo mostram uma imagem mais sólida e realista para investidores, bancos e parceiros. Isso fortalece a governança e facilita o acesso a crédito e novas oportunidades.

Principais vantagens para a empresa:

  • Relatórios financeiros mais precisos e confiáveis
  • Facilidade para captar recursos e negociar com instituições financeiras
  • Alinhamento com as normas internacionais de contabilidade (IFRS)
  • Reconhecimento do valor real dos ativos vivos, como gado ou florestas
  • Apoio às decisões estratégicas com base em dados atualizados

Caso realista

Uma empresa florestal que seguiu o CPC 29 viu seu patrimônio líquido aumentar de R$ 120 milhões para R$171 milhões. Isso aconteceu após atualizar seus ativos pelo valor justo.

Com essa mudança, a empresa conseguiu aumentar o crédito bancário. Também reduziu taxas de financiamento e fortaleceu sua posição no mercado.

Como a CPCON ajuda sua empresa a aplicar o CPC 29 na prática

A adoção do CPC 29 exige conhecimento técnico, dados precisos e segurança nos registros. A CPCON apoia sua empresa em todas as etapas desse processo, garantindo conformidade, transparência e valorização real do patrimônio rural.

Com uma abordagem completa, a CPCON oferece muito mais do que adequação normativa: entrega inteligência contábil aplicada ao agronegócio.

O que a CPCON entrega:

  • Inventário completo e estruturado de ativos biológicos
  • Avaliação técnica com base em valor justo, conforme exigido pela norma
  • Suporte contábil e jurídico para aplicar corretamente o CPC 29
  • Relatórios auditáveis, preparados para apresentação a bancos e investidores
  • Conexão com práticas internacionais, alinhadas ao IFRS
  • Consultoria em controle patrimonial rural

Trabalhar com a CPCON é transformar uma obrigação técnica em um diferencial competitivo. Enquanto outras empresas apenas registram, a sua passa a comunicar valor.

Conclusão

Adotar o CPC 29 é mais do que seguir uma norma contábil. É uma forma de revelar o verdadeiro valor dos ativos do agronegócio e de fortalecer a posição da empresa diante do mercado.

Ao avaliar ativos biológicos pelo valor justo, a empresa ganha transparência, melhora seus indicadores financeiros e amplia sua capacidade de negociação. Isso impacta diretamente a tomada de decisão, a governança e o acesso a crédito.

Com o apoio da CPCON, o processo de adequação ao CPC 29 se torna seguro, eficiente e estratégico. O que antes era apenas uma obrigação contábil passa a ser uma ferramenta de crescimento.

Pronto para valorizar seus ativos de forma inteligente?

A CPCON ajuda empresas do agronegócio a aplicar o CPC 29 com precisão, clareza e total aderência às normas contábeis. Entre em contato e descubra como transformar seus dados em vantagem competitiva.

Checklist: pronto para aplicar o CPC 29 na sua empresa?

Use esta lista para verificar se sua empresa está preparada para implementar o CPC 29 com segurança e clareza.

1. Classificação correta dos ativos

☐ Identificamos quais itens são ativos biológicos, produtos agrícolas e plantas portadoras
☐ Aplicamos a norma correta para cada tipo de ativo (CPC 29 ou CPC 27)

2. Controle e documentação

☐ Temos controle formal sobre os ativos (plantio, rebanhos, extração)
☐ Existe documentação que comprove esse controle (contratos, registros, notas)

3. Avaliação por valor justo

☐ Conseguimos acessar dados de mercado para mensurar os ativos
☐ Sabemos como calcular o valor justo menos as despesas de venda
☐ Utilizamos métodos válidos quando o mercado não é ativo (ex: fluxo de caixa)

4. Registros contábeis organizados

☐ Os ativos já estão registrados no balanço ou plano de contas
☐ A equipe contábil está treinada para aplicar o CPC 29 corretamente
☐ Temos suporte jurídico e técnico para ajustes nas demonstrações financeiras

5. Relatórios e auditoria

☐ Geramos relatórios auditáveis com base na norma
☐ Nossos demonstrativos já refletem os valores atualizados dos ativos
☐ Estamos prontos para apresentar esses dados a bancos, investidores e auditorias

FAQ

O que é o CPC 29 e para que ele serve?

O CPC 29 é a norma contábil que define como registrar ativos biológicos e produtos agrícolas. Seu objetivo é garantir que esses ativos sejam avaliados pelo valor justo, refletindo melhor a realidade econômica da empresa.

Quais ativos são abrangidos pelo CPC 29?

Animais e plantas vivos usados em atividade agrícola, como gado, florestas plantadas, plantações e rebanhos de produção. Produtos colhidos desses ativos também são incluídos, como leite, madeira e frutas.

O que muda com a adoção do CPC 29?

A empresa deixa de registrar os ativos pelo custo de aquisição e passa a usar o valor de mercado. Isso torna os relatórios mais precisos e facilita o acesso a crédito e investidores.

Qual a diferença entre ativo biológico e produto agrícola?

O ativo biológico é o ser vivo em processo produtivo. O produto agrícola é o resultado direto da colheita ou extração desse ativo, antes de qualquer transformação.

Quando um ativo pode ser registrado segundo o CPC 29?

Quando a empresa controla o ativo, espera gerar benefícios econômicos e consegue mensurar o valor justo ou o custo de forma confiável.

O CPC 29 se aplica a todos os tipos de plantações?

Não. Plantas que produzem por vários anos, como árvores frutíferas, são tratadas como ativos imobilizados (CPC 27). Já culturas como milho, soja ou eucalipto seguem o CPC 29.

Como a CPCON pode ajudar na aplicação do CPC 29?

A CPCON oferece inventário de ativos, avaliação técnica, relatórios auditáveis e consultoria completa para garantir que sua empresa esteja em conformidade com o CPC 29, com segurança e eficiência.

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