Unificação de tributos, split payment e novas regras de crédito exigem revisão urgente de ativos, ERPs e estratégias fiscais. Setores como automotivo e supply chain sentem os primeiros impactos
A reforma tributária, aprovada no fim de 2023 e regulamentada em julho de 2025, começa a impor desafios urgentes para as empresas brasileiras. Com a unificação de tributos e a adoção do split payment, a transição já exige adequação em 2025 para garantir o controle patrimonial e a segurança fiscal.
A partir de 2026, a substituição de PIS, Cofins, ICMS e ISS por CBS e IBS dará início à maior transformação fiscal do país em décadas. Mas a transição já impõe desafios concretos: integração de sistemas, revisão de créditos acumulados, impactos no fluxo de caixa e risco de litígios com o fisco. O alerta é claro: quem não iniciar os ajustes ainda em 2025 pode comprometer a saúde financeira da operação.
Para organizações com grande volume de ativos fixos, estoques e operações descentralizadas, a falta de rastreabilidade e atualização dos sistemas patrimoniais representa um risco real — tanto do ponto de vista fiscal quanto estratégico.
Neste artigo, você vai entender como a reforma afeta diretamente a gestão de ativos, o valuation patrimonial, a operação dos ERPs e o compliance tributário. E por que antecipar-se às mudanças pode transformar risco em vantagem competitiva.

O que é a reforma tributária? Entenda os pilares da mudança
A reforma tributária aprovada em 2023 (EC 132/2023) visa substituir cinco tributos atuais — PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS — por dois novos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). A ideia central é simplificar a arrecadação e padronizar regras em todo o país, reduzindo distorções e a complexidade do atual sistema.
O novo modelo prevê a adoção da não cumulatividade plena, o que significa que as empresas poderão aproveitar créditos de impostos pagos ao longo da cadeia de produção. Além disso, será implementado o split payment, mecanismo que separa automaticamente o valor do tributo no momento da transação.
A transição será gradual, iniciando com a CBS em 2026 e a introdução do IBS a partir de 2029, com consolidação completa até 2033. No entanto, como diversas obrigações já começam em 2025, as empresas devem se preparar desde agora.
IBS, CBS e a promessa da simplificação: o que realmente muda na prática?
A proposta da reforma tributária gira em torno de um objetivo claro: simplificar. Mas, na prática, o novo sistema fiscal — baseado na criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) — exige das empresas uma revisão profunda dos seus processos, sistemas e rotinas patrimoniais.
Na primeira fase, o governo unifica PIS e Cofins em uma única contribuição: a CBS, de competência federal. Na sequência, ICMS (estadual) e ISS (municipal) darão lugar ao IBS, com arrecadação compartilhada. Essa reestruturação tributária está programada para iniciar em 2026, mas as empresas já enfrentam obrigações práticas em 2025, como a reclassificação de operações, o estudo sobre impactos no fluxo de caixa e a readequação dos sistemas de gestão.
Mesmo com o cronograma oficialmente definido, muitas organizações ainda não se movimentaram. Além de adaptar processos, será essencial reavaliar o tratamento dado aos ativos imobilizados. Com a promessa de “não cumulatividade plena”, o novo modelo permite o aproveitamento mais amplo de créditos fiscais. Mas essa vantagem só será real para empresas com inventários atualizados, ativos corretamente avaliados e rastreáveis — condições que hoje ainda são negligenciadas por parte expressiva do mercado.
Créditos tributários, ativos fixos e valuation: quando a contabilidade encontra a estratégia
Uma das promessas da reforma tributária é o fim da guerra fiscal entre Estados e a eliminação da cumulatividade de impostos. Mas, por trás da simplificação teórica, surgem novas exigências operacionais: as empresas precisarão comprovar com precisão o valor, a origem e o uso dos seus ativos fixos para aproveitar adequadamente os créditos tributários. E é aí que a gestão patrimonial ganha protagonismo.
O modelo de não cumulatividade plena, previsto na CBS e no IBS, permitirá o uso mais abrangente de créditos fiscais ao longo da cadeia produtiva. Isso representa uma oportunidade para empresas que conseguem rastrear seus bens com alto grau de controle — e um risco para aquelas que ainda operam com ativos subavaliados, não registrados corretamente ou com inventários desatualizados.
Além disso, os créditos acumulados adquiridos antes da vigência do novo sistema precisarão ser validados e reaproveitados de forma estruturada. O processo ainda gera dúvidas, especialmente em setores que historicamente acumulam saldos expressivos, como indústria, energia e telecomunicações. Para garantir a recuperação desses créditos, será essencial manter um histórico patrimonial detalhado, atualizado e compatível com os novos critérios de apuração tributária.
Essa mudança fiscal também afeta diretamente o valuation dos ativos. A forma como os bens são registrados e depreciados no balanço impacta o aproveitamento de créditos e, consequentemente, o custo real de aquisição, manutenção e descarte desses itens. Um ativo mal classificado ou com depreciação incorreta pode gerar distorções no planejamento financeiro — e até passivos ocultos diante da nova lógica de fiscalização.
Em resumo: a reforma obriga as empresas a enxergar a contabilidade de ativos não apenas como uma exigência legal, mas como uma ferramenta estratégica de otimização tributária e defesa fiscal.
Entenda melhor:
Imagine a aquisição de uma máquina industrial no valor de R$100 mil.
- No modelo atual, o crédito de ICMS referente a essa compra só pode ser utilizado em etapas futuras, de forma escalonada, conforme regras estaduais.
- Com a CBS e o IBS, a promessa da reforma é que esse crédito será aproveitado de forma mais ampla, imediata e integral, reduzindo o custo efetivo da operação e aumentando a previsibilidade tributária.
Além disso, com o split payment, o valor do imposto será automaticamente retido na fonte no momento da transação. Ou seja, o comprador pagará diretamente apenas o valor líquido da máquina, enquanto o imposto será recolhido pelo sistema, exigindo um controle financeiro e patrimonial ainda mais apurado para planejar o fluxo de caixa e os saldos disponíveis.
Esse tipo de operação, que antes exigia conciliações manuais entre setores fiscal, contábil e patrimonial, agora passa a demandar sistemas integrados, dados confiáveis e inventários em tempo real.

Split payment e ERP: como o fisco digital exige rastreabilidade e integração em tempo real
Uma das mudanças mais importantes trazidas pela reforma é a adoção do split payment — um modelo em que o valor do tributo é separado automaticamente no momento da transação comercial. Isso altera profundamente a lógica de faturamento e o controle financeiro das empresas, exigindo um nível de automação e integração muito maior entre os sistemas fiscais, contábeis e patrimoniais.
Na prática, o split payment reduz o risco de sonegação, pois o tributo deixa de passar pelo caixa da empresa. Mas, ao mesmo tempo, ele impacta diretamente o fluxo de caixa, exigindo uma gestão precisa dos valores pagos, recebidos e retidos em cada operação. Ativos adquiridos, por exemplo, deverão ser registrados com total rastreabilidade para garantir a correta separação do imposto e o posterior aproveitamento dos créditos.
Esse novo cenário intensifica a transição para o fisco digital, conforme já analisado pela consultoria EY:
“A adoção de tecnologias e a integração em tempo real entre contribuintes e Fisco deixará de ser diferencial e passará a ser pré-requisito para operar com segurança jurídica e eficiência tributária”
Para muitas empresas, isso significará revisar toda a estrutura do ERP (Enterprise Resource Planning), integrando módulos fiscais, contábeis e patrimoniais com um novo padrão de detalhamento e consistência de dados. O simples registro contábil já não será suficiente: será preciso comprovar o ciclo completo de cada ativo — da aquisição ao uso, passando pela localização, depreciação e baixa.
Nesse contexto, tecnologias como RFID, integração de inventários em tempo real e dashboards de auditoria passam a ser aliadas diretas da conformidade fiscal.
Mais de 38% das empresas ainda não iniciaram ajustes: o tempo está contra elas
Apesar do cronograma oficial da reforma tributária prever a adoção gradual da CBS a partir de 2026, e do IBS a partir de 2029, os efeitos práticos da mudança já começaram — e exigem preparo imediato. No entanto, boa parte das empresas ainda está parada no tempo.
Segundo levantamento divulgado pelo portal Contábeis, 38% das empresas ainda não iniciaram nenhum tipo de ajuste para se adequar ao novo sistema tributário. Isso representa não apenas uma postura reativa, mas também um risco direto para a saúde financeira das operações.
A cada mês sem movimentação, cresce a distância entre as exigências do novo modelo e a capacidade das empresas em atendê-las com segurança e precisão. Não se trata apenas de mudanças contábeis: é preciso revisar processos internos, atualizar políticas patrimoniais, simular cenários fiscais e ajustar sistemas legados, como ERPs e plataformas de inventário.
Além disso, as empresas que não estiverem prontas correm o risco de perder créditos tributários importantes ou de cometer erros de apuração que, futuramente, podem gerar autuações, multas e litígios com o fisco.
O alerta também vale para a tomada de decisões operacionais e estratégicas. Uma política de aquisição de ativos, por exemplo, precisa ser repensada à luz das novas regras de crédito. A ausência de planejamento pode levar a escolhas que aumentam o passivo fiscal e comprometem o retorno sobre investimentos de longo prazo.
A preparação para a reforma deixou de ser um diferencial — e passou a ser uma condição básica para manter a competitividade e evitar prejuízos fiscais em 2025 e nos anos seguintes.

Impactos setoriais: automotivo e supply chain sob pressão com a nova lógica fiscal
Alguns setores da economia estão mais expostos às mudanças trazidas pela reforma tributária — especialmente aqueles com cadeias produtivas complexas, movimentações logísticas intensas e alto volume de ativos industriais. É o caso do setor automotivo e das operações de supply chain, que já começam a sentir os primeiros impactos.
No caso da indústria automotiva, por exemplo, a nova sistemática de créditos e substituição tributária afeta diretamente o planejamento fiscal, o aproveitamento de insumos e a precificação dos produtos finais. De acordo com análise publicada na Folha de S.Paulo, as montadoras e fornecedores terão de rever a estrutura de custos, o regime de apuração e até a forma como os tributos são contabilizados ao longo da cadeia de produção.
Essa revisão inclui, inevitavelmente, o controle dos ativos fixos industriais, como máquinas, ferramentas, componentes e sistemas logísticos. Equipamentos mal registrados, com depreciação desatualizada ou sem comprovação de uso, podem comprometer a geração de créditos fiscais e a margem operacional.
O mesmo vale para empresas de logística e supply chain, que precisarão lidar com o split payment, a fragmentação do recolhimento entre Estados e Municípios, e a integração de dados em tempo real com o Fisco. A rastreabilidade patrimonial se torna essencial não só para controle interno, mas também para manter a compliance tributária em operações interestaduais e integradas.
Durante evento técnico citado pelo portal Migalhas, especialistas alertaram que as empresas que não tiverem visibilidade total da sua operação — inclusive dos ativos em circulação — terão dificuldades em adaptar seus modelos de negócio à nova realidade tributária.
Neste cenário, o controle de ativos, antes visto como uma obrigação administrativa, passa a ser uma ferramenta crítica para proteger margens e garantir competitividade fiscal em setores altamente regulados e tributados.
Litígios, insumos e insegurança jurídica: como a gestão patrimonial reduz riscos fiscais
Com a entrada em vigor da reforma tributária, o ambiente jurídico das empresas tende a se tornar ainda mais desafiador. A transição entre os regimes atuais e os novos tributos — CBS e IBS — deve gerar um aumento significativo nos conflitos entre contribuintes e o Fisco, especialmente em relação à interpretação das novas regras de crédito, base de cálculo e local da operação.
De acordo com especialistas ouvidos pelo portal Migalhas, há pelo menos cinco focos potenciais de litígio no novo modelo, incluindo:
- A definição do local da operação (fundamental para o IBS);
- A base de cálculo das transações complexas;
- A exclusão de benefícios fiscais regionais;
- A interpretação do que configura “insumo” para crédito tributário;
- E a compatibilidade de regimes específicos com o novo sistema.
Nesse contexto, o nível de controle e documentação dos ativos da empresa será decisivo para evitar penalidades. Um bem mal classificado ou com documentação inconsistente pode gerar questionamentos sobre a legitimidade dos créditos apropriados. Em muitos casos, o que estará em disputa não é o valor do ativo em si, mas a comprovação de sua função operacional, seu vínculo com a cadeia produtiva e sua permanência no patrimônio da empresa.
Essa preocupação já mobiliza o setor empresarial. Segundo matéria do portal Contábeis, empresas estão recorrendo à Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir segurança jurídica em meio à incerteza tributária. O movimento reforça que a insegurança não é teórica — ela já está em curso.
Frente a esse cenário, a gestão patrimonial precisa evoluir: não basta mais “saber o que a empresa tem”, é necessário provar o valor, a origem, a funcionalidade e a regularidade fiscal de cada ativo. Essa rastreabilidade é o que protege o negócio em eventuais autuações e litígios futuros.
Revisão de contratos, cláusulas fiscais e processos internos: onde mora o risco invisível
A transição para o novo modelo tributário exige mais do que ajustes no ERP ou atualização de inventários. As empresas também precisam revisar seus contratos comerciais, cláusulas tributárias e processos operacionais, já que muitos documentos foram construídos com base em tributos que serão extintos ou substituídos.
Cláusulas de repasse de impostos, regimes especiais e condições de pagamento podem se tornar fontes de conflito se não forem revisadas à luz da CBS e do IBS. Além disso, processos internos que envolvem o recebimento, uso e controle de ativos devem ser auditados, especialmente para garantir que a rastreabilidade exigida pelo fisco digital seja cumprida.
Essa revisão deve envolver áreas fiscal, jurídica, contábil e de patrimônio — e precisa ocorrer antes da consolidação das novas regras, para evitar interpretações equivocadas, falhas contratuais ou passivos ocultos que podem surgir com o novo regime.
E os ativos intangíveis? A reforma também muda a lógica desses bens
Embora a maior parte dos debates sobre a reforma tributária esteja centrada em bens físicos — como máquinas, equipamentos e estoques —, os ativos intangíveis também entram no radar das mudanças. Softwares, marcas, patentes, franquias e direitos autorais, por exemplo, representam uma fatia relevante do patrimônio de muitas empresas — especialmente nos setores de tecnologia, mídia, saúde e serviços.
Com a promessa de não cumulatividade plena, surge a dúvida: será possível gerar créditos sobre esses ativos intangíveis? Como será a apuração desses valores em contextos de uso interno, licenciamento ou incorporação ao produto final?
Ainda não há consenso técnico sobre a aplicação prática dessas regras para intangíveis. No entanto, o histórico da legislação indica que a definição de “insumo” será novamente fonte de litígios — e a interpretação adotada poderá alterar profundamente o valor fiscal desses ativos.
Para empresas que investem em tecnologia ou inovação, isso pode significar:
- Reclassificação de softwares e licenças como ativos geradores de crédito;
- Novas regras para amortização fiscal;
- Necessidade de comprovar o uso estratégico desses ativos dentro da cadeia produtiva.
Antecipar esse debate e mapear os ativos intangíveis com clareza é uma forma de proteger o patrimônio e garantir segurança jurídica no novo modelo.
“Empresas que não integram o inventário e ERP até 2025 correm risco real de autuação fiscal”, afirma André Gonçalves, diretor financeiro e consultor contábil de ativos do Grupo CPCON.
Segundo o especialista, os impactos da reforma tributária vão além do planejamento contábil. “Eles exigem controle físico, documentação técnica e rastreabilidade completa dos ativos, especialmente em ambientes industriais, logísticos e descentralizados.”

Como se preparar: o que revisar agora para evitar prejuízos e aproveitar oportunidades
A reforma tributária não será apenas uma mudança fiscal — será um divisor de águas na forma como as empresas organizam seus dados patrimoniais, seus sistemas de controle e suas estratégias operacionais. Por isso, a preparação exige uma abordagem estruturada, multidisciplinar e antecipada.
A seguir, estão ações essenciais para empresas que querem transformar risco em vantagem competitiva:
- Revisar o inventário físico e digital de ativos: garantir que todos os bens estejam corretamente identificados, localizados e avaliados, com documentação de apoio.
- Adequar o ERP ao novo modelo tributário: integrar os módulos fiscal, contábil e patrimonial, ajustando regras de crédito, split payment e apuração.
- Simular cenários de crédito e impacto tributário: projetar os efeitos da não cumulatividade plena sobre ativos já adquiridos e futuras compras.
- Mapear riscos jurídicos e pontos de litígio: avaliar possíveis vulnerabilidades no uso de créditos, classificação de insumos e tratamento contábil de bens.
- Capacitar as equipes contábil, fiscal e de patrimônio: garantir que todos os envolvidos entendam o novo sistema, seus riscos e seus potenciais benefícios.
- Reavaliar contratos com fornecedores e clientes: verificar cláusulas tributárias, regimes especiais e políticas de responsabilização conjunta.
Essa preparação é o que vai garantir a conformidade fiscal, proteger os ativos e manter a competitividade num cenário de alta complexidade regulatória.
As soluções da CPCON para empresas que querem transformar risco em vantagem competitiva
O Grupo CPCON atua há 29 anos como parceiro estratégico de empresas que buscam eficiência, controle e segurança na gestão de ativos. Em um momento de transição fiscal tão sensível quanto o atual, contar com dados patrimoniais confiáveis não é apenas uma questão contábil — é uma exigência de sobrevivência.
Para apoiar as empresas na adequação à reforma tributária, o Grupo CPCON oferece soluções completas e integradas:
- Inventário físico e digital de ativos com evidência técnica e rastreabilidade
- Avaliação patrimonial conforme normas fiscais, contábeis e de mercado
- Integração entre ERP, sistema patrimonial e plataformas fiscais
- Rastreamento inteligente com tecnologia RFID para ativos e estoques
- Diagnóstico de riscos tributários relacionados a ativos fixos e insumos
- Consultoria estratégica em conformidade patrimonial e planejamento fiscal
Com presença internacional, tecnologias avançadas e uma equipe multidisciplinar, a CPCON entrega controle absoluto, dados auditáveis e decisões respaldadas por inteligência patrimonial.
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A reforma tributária como catalisadora de eficiência na gestão patrimonial
A reforma tributária representa uma das maiores transformações fiscais do país — e seu impacto vai muito além da contabilidade tradicional. Para as empresas, ela impõe uma mudança estrutural: da forma como compram, registram, depreciam, auditam e valorizam seus ativos.
Não se trata apenas de entender o novo sistema de tributos, mas de adaptar processos, revisar sistemas, auditar ativos e estruturar dados com rastreabilidade e inteligência. Empresas que negligenciam a integração entre patrimônio, ERP e planejamento fiscal correm riscos reais de perda de créditos, penalidades e litígios.
Por outro lado, organizações que se antecipam, investem em controle patrimonial e adotam tecnologias como RFID, avaliação técnica e integração digital com o fisco, podem transformar a reforma em uma vantagem competitiva real.
A gestão de ativos passa a ocupar um lugar central na estratégia tributária. E a escolha entre reagir ou liderar essa transição pode definir o futuro financeiro da sua empresa.
Leia também:
- Planejamento tributário
- Não componentização de ativos
- Portal RFID: o que é e como funciona?
- Integração ERP e sistema de gestão de ativos
FAQ
O que muda na gestão de ativos com a reforma tributária?
Com a CBS e o IBS, a apuração de créditos fiscais será mais ampla, mas também exigirá inventários atualizados, rastreabilidade e integração com sistemas fiscais. Ativos mal registrados podem gerar perdas e penalidades.
O split payment afeta o controle patrimonial da empresa?
Sim. O pagamento fracionado dos tributos impacta diretamente o fluxo de caixa e exige que os ativos sejam registrados corretamente desde a origem, para que os sistemas ERP e contábil funcionem em sincronia.
Empresas podem perder créditos tributários se não atualizarem seus ativos?
Sim. A não cumulatividade plena prevê o aproveitamento imediato de créditos, mas apenas para ativos com documentação válida e uso produtivo comprovado. Falhas de controle podem inviabilizar a recuperação.
Quais setores serão mais afetados pela reforma tributária?
Indústrias, varejo, logística, supply chain e tecnologia estão entre os mais impactados. Todos envolvem ativos móveis, intangíveis e múltiplas operações, exigindo alto nível de integração e rastreabilidade.
Ativos intangíveis como software e marca também entram na reforma?
Sim. Ainda há incertezas sobre a geração de créditos com ativos intangíveis, mas é esperado que o tratamento fiscal desses bens passe a exigir comprovação de uso estratégico e documentação formal.
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A reforma tributária brasileira, com início prático em 2025 e transição até 2033, altera profundamente o sistema de tributos ao substituir PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI por dois novos tributos: CBS e IBS. O novo modelo prevê não cumulatividade plena e o uso do split payment, o que impacta diretamente o fluxo de caixa, a apuração de créditos e o planejamento fiscal das empresas.
Esse cenário exige a revisão urgente dos processos de gestão patrimonial, com destaque para ativos fixos e intangíveis. Empresas que não atualizarem seus inventários, ERPs e políticas de depreciação podem perder créditos fiscais e enfrentar riscos jurídicos. A rastreabilidade dos ativos — físicos e digitais — será fundamental para manter a conformidade com o fisco digital, evitar litígios e garantir eficiência operacional.
A reforma afeta diretamente setores como o automotivo e a cadeia logística, exigindo controle total de insumos, equipamentos, softwares e sistemas de produção. A gestão de ativos se torna peça-chave no compliance tributário e na preservação do valor patrimonial no novo ambiente regulatório.