Você sabe o que é demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) e para que ele é aplicado nas empresas? Pois, entenda que este é um método estratégico que funciona como demonstrativo contábil.
Onde são feitos todos os registros das entradas/saídas de um caixa pertencente a empresa. Então leia o artigo e descubra qual a importância do método e quais são as vantagens do processo.
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- Função Principal: Trazer dados a respeito das origens e das aplicações em caixa feita numa empresa em um certo período;
- Benefícios: avaliação de liquidez, rentabilidade, capacidades para investir, capacidades para pagamentos das dívidas, tomadas de decisões, transparência, flexibilidade e complementação;
- Recursos Disponíveis: cursos online, artigos, tutoriais, blogs, vídeos, livros, softwares para gestão financeira, sites reguladores, ferramentas online, entre outros;
- Variabilidade: natureza de uma empresa, práticas contábeis, eventos, gestão da parte financeira, etc;
- Adaptação: desdobramentos das atividades, inclusões nas tarefas adicionais, uso de outros métodos e os indicadores (apresentação).
O que é demonstrativo de fluxo de caixa (DFC)?
O DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa) consiste num tipo de demonstração da área contábil. Desse modo, compreenda que ele serve para que sejam feitos todos os registros necessários de entradas e saídas.
De um caixa que pertence a uma determinada empresa e cobre um período específico de tempo. Com isso, saiba que o demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) é utilizado para indicar a saúde financeira da organização.
Ao passo que mostra ainda qual a real capacidade que este empreendimento tem de fazer caixa. O demonstrativo pode ser visto como um modelo de relatório contábil que mostra as movimentações (caixa).
No caso, compreenda que o processo pode ser feito devido as seguintes atividades:
- Tarefas operacionais;
- Investimentos;
- Financiamentos;
- Entre outras.
Dessa forma, esteja ciente de que tais recursos são destinados para os pagamentos das atividades. Enquanto que é possível realizar a geração de novos recursos que são voltados aos negócios.
Outro detalhe do demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) é que ele pode ser aplicado de modo direto ou indireto. Só que dependendo do tipo de escolha haverá uma diferença nas referências (iniciais) que são inseridas nos cálculos.
Confira como são interpretados os dois métodos citados acima:
- Direto: traz as origens e as aplicações para o caixa de uma empresa. Incluindo as vendas feitas a vista, prazo, pagamentos realizados aos fornecedores/salários, etc;
- Indireto: lucro líquido de uma empresa, ajustando isso para mostrar as transações (não monetários) e as alterações em seu capital de giro.
Demonstrativo de Fluxo de Caixa direto
Você deve saber que o primeiro modelo de DFC é o direto, onde são feitos cálculos das entradas/saídas (caixa). De tal forma que é ideal para definir de modo claro qual é a fonte de aplicação dos principais recursos.
Nisso, entenda que para criar este documento será preciso contar com dados contidos no Balanço Patrimonial. Bem como da Demonstração dos Resultados do Exercício e também do Demonstrativo de Lucros e dos Prejuízos Acumulados.
Com isso, compreenda que o demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) tem como características:
- Apresentar todas as origens e as aplicações em caixa: modelo que serve para trazer as fontes reais presentes no caixa. Que podem ser as vendas (vista, prazo ou os juros). Além das aplicações que são os pagamentos (fornecedores, salários, investimentos, etc);
- Maior transparência: é superior ao método indireto neste quesito, já que conta com os dados de fluxos de caixa (brutos). E não haverá necessidade de realizar ajustes, o que garante mais praticidade nas análises financeiras (saúde) de tal empresa;
- Simples para compreender: aqui não temos a aplicação de informações técnicas e nem um alto grau de complexidade.
Em termos de utilidade, saiba que o DFC direto se destaca em (avaliação):
- Liquidez: mostra a capacidade que uma empresa tem para fazer um caixa que seja suficiente para suprir as operações necessárias;
- Rentabilidade: é parecido com o quesito anterior, só que é voltado para a geração dos lucros líquidos;
- Investimentos (novos projetos): real capacidade de uma empresa em fazer um caixa que possa financiar os seus principais investimentos;
- Pagamentos (dívidas): o quanto uma organização tem de capacidade para contar com um caixa ideal para quitar tais financiamentos.
Exemplo de demonstrativo de fluxo de caixa direto
O demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) direto é muito útil para que haja uma gestão (financeira) de qualidade. E para ajudar na compreensão temos um exemplo completo, confira:
- Uma empresa específica;
- Com um DFC de 01/01/2022 até 31/12/2022.
Onde as atividades operacionais são:
- Receitas (vendas): R$ 100.000;
- Custos (vendas): R$ 60.000;
- Lucros (brutos): R$ 40.000;
- Despesas (operações): R$ 20.000;
- Lucros (operacionais): R$ 20.000;
- Depreciação (amortização): R$ 5.000;
- Lucros (líquidos): R$ 25.000.
Enquanto que as tarefas de investimentos:
- Compras (ativos): R$ 10.000;
- Vendas (ativos): R$ 5.000;
- Fluxo (líquido) em investimentos: R$ 5.000.
Já na parte das atividades voltados aos financiamentos temos:
- Empréstimo: R$ 10.000;
- Amortização (empréstimo): R$ 5.000;
- Dividendos: R$ 5.000;
- Fluxo (líquido) em financiamentos: R$ 5.000.
Como resultado disso, compreenda que temos os seguintes dados:
- Aumento (líquido) deste Caixa: R$ 15.000;
- Saldo (Caixa) inicial: R$ 10.000;
- Saldo (Caixa) final: R$ 25.000.
Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) indireto
No caso do demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) indireto ele se foca na parte do lucro líquido. Desse modo, compreenda que no processo temos a compra dos valores patrimoniais.
A fim de que seja possível observar quais são as entradas e as saídas monetárias presentes neste empreendimento. Além disso, compreenda que o modelo serve para reconciliar os lucros líquidos.
Desde as origens e todas as aplicações em caixa de uma empresa num certo período. De fato, entenda que este modelo indireto acaba sendo mais complexo em comparação ao direto.
Com isso, saiba que o objetivo é garantir uma visão com mais detalhes. Onde demonstra a real capacidade que uma empresa possui em gerar Caixa. Ao passo que entre as características do modelo indireto temos:
- Funciona mediante aos lucros líquidos;
- Traz ajustes em transações do tipo não monetárias;
- Que partem diretamente do Caixa que não tenham relação com este resultado;
- Já os objetivos são voltados para indicar qual o real fluxo de caixa nas atividades operacionais desta empresa.
Dessa maneira, compreenda que o demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) indireto tem ajustes nas transações não monetárias:
- Depreciações/amortizações;
- Provisões (devedores);
- Ganhos/perdas (não realizadas);
- Variações (ativos/passivos) circulantes.
Por sua vez, saiba que os ajustes em partidas (Caixa) não relacionadas (Resultado):
- Recebimentos (juros);
- Pagamentos (juros);
- Impostos (Renda);
- Juros.
Exemplos de demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) indireto
Para ajudar você a entender melhor o método indireto vamos trazer um bom exemplo de DFC. Desse modo, confira na sequência uma hipótese que possa lhe mostrar o modo de funcionamento do processo:
- Atividades (operacionais) de uma empresa;
- Lucro (líquido): R$ 10.000;
- Depreciação (amortização): R$ 1.000;
- Aumento (provisões) nos devedores: R$ 500;
- Diminuições (estoque): R$ 1.500;
- Aumento (contas/pagar): R$ 2.000;
- Fluxo de Caixa (atividades de operações): R$ 13.000.
- Atividades (investimentos):
- Compras (equipamentos): R$ 5.000;
- Fluxo de Caixa (atividades em investimentos): R$ 5.000.
- Financiamentos:
- Empréstimos: R$ 3.000;
- Pagamentos (dividendos): R$ 2.000;
- Fluxo de Caixa (atividades em financiamentos): R$ 1.000.
- Resultados:
- Aumentos (líquidos) no Caixa: R$ 9.000;
- Saldo (Caixa) inicial: R$ 5.000;
- Saldo (Caixa) final: R$ 14.000.
De fato, compreenda que o demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) indireto tem que ser aplicado corretamente. Seguindo todos os dados e as informações para que se chegue a um resultado adequado.
Vantagens do demonstrativo de fluxo de caixa (DFC)
São muitas as vantagens de contar com um DFC de qualidade, onde todos os dados sejam completos e efetivos. Ao passo que os benefícios são muitos mediante a implementação do método, tais como:
- Avaliar a liquidez;
- Análise da rentabilidade;
- Indicação das capacidades de investimento;
- Avaliar o quanto a empresa tem para pagar suas dívidas;
- Tomadas de decisões;
- Transparência;
- Flexibilidade;
- Complementações.
Por certo, entenda que o demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) tem papel fundamental, sendo uma ferramenta efetiva. Onde estão contidos os dados essenciais e valiosos para mostrar a realidade de uma empresa.
Já que traz detalhes se a mesma está tendo capacidade para fazer caixa, investimentos e financiamentos. Porém, não se esqueça de que é preciso ter um conjunto de vários indicadores e demonstrações. A fim de conseguir chegar a uma visão mais assertiva em relação aos cenários financeiros da empresa.
Conclusão
O DFC é um tipo de modelo estratégico de qualidade que traz os registros das entradas e saídas de um Caixa empresarial. De tal modo que isso é feito em períodos específicos e se torna fundamental nas organizações.
Visto que mostra não só a saúde financeira da mesma, mas também as capacidades dela em relação ao Fluxo de Caixa. E conforme vimos no texto temos três modelos, sendo o operacional, investimento e o de financiamento.
Além das categorias principais que incluem o demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) direto e o indireto. Portanto, compreenda que é importante planejar e após uma análise realizar a implantação deste formato estratégico.
FAQ: Perguntas Frequentes
Como se faz um demonstrativo de fluxo de caixa (DFC)?
O DFC é usado fazendo os seguintes passos, coleta dos dados, escolha de um método, identificação das tarefas e preparo dos dados. Em seguida, temos a apresentação dele, compreensão, indicação dos problemas da área financeira e ocorre o plano estratégico.
Quais as empresas que precisam fazer o DFC?
As empresas que tem essa obrigatoriedade incluem as de capital aberto (Bolsa de Valores) e as de capital fechado. Sendo que nas empresas privadas é preciso que o faturamento esteja acima dos R$ 2 milhões.
Quais são os dois métodos aplicáveis do DFC?
No procedimento de elaboração do DFC temos os modelos diretos e indiretos. Sendo que cada um deles apresentam certas diferenças e pontos específicos que devem ser muito bem analisados.