Ajuste de avaliação patrimonial: Passo a passo para contabilizar com eficiência

ativo imobilizado
Meta-descrição: Ajuste de avaliação patrimonial com eficiência: entenda como calcular, contabilizar e aplicar conforme a lei e o CPC 46.

O ajuste de avaliação patrimonial é o processo que atualiza os ativos e passivos de uma empresa para refletir seu valor justo no balanço patrimonial. Ele ajuda a demonstrar o patrimônio líquido de forma mais fiel à realidade do negócio.

Com a aprovação da Lei 11.638/07 e a aplicação das normas do CPC 46, esse ajuste passou a ser uma ferramenta importante para dar mais transparência às informações contábeis. Ele é útil em momentos como auditorias, reorganizações societárias e reavaliação de ativos fixos — e também melhora a base de dados para decisões estratégicas. Além de atender às exigências legais, o ajuste de avaliação patrimonial fortalece o controle patrimonial, a gestão de ativos e a governança da empresa. Para isso, é essencial contar com um laudo técnico confiável, feito por profissionais especializados.

Neste artigo, você vai entender:

  • O que é o ajuste de avaliação patrimonial e como ele impacta o patrimônio líquido.
  • Como escolher os critérios certos de mensuração e elaborar um laudo técnico.
  • Como contabilizar o ajuste, com exemplos práticos de lançamento.
  • Quando ele deve ser feito e quais benefícios oferece à empresa.
  • E como a CPCON apoia empresas nesse processo com precisão, segurança e eficiência.

O que é ajuste de avaliação patrimonial?

O ajuste de avaliação patrimonial atualiza o valor contábil de ativos e passivos para refletir o valor justo no balanço, promovendo transparência e alinhamento com a realidade econômica da empresa.

Antes da Lei 11.638/07, os ativos eram registrados pelo custo histórico, ignorando variações de mercado, depreciação e valorização. Com a adoção do CPC 46, o ajuste tornou-se essencial para a fidedignidade dos demonstrativos financeiros.

O valor justo é definido por laudo técnico, considerando aspectos como estado de conservação, vida útil, localização e referências de mercado. Embora não afete o caixa, o ajuste impacta diretamente o balanço e a percepção de investidores e reguladores.

Empresas médias e grandes, especialmente nos setores de logística, saúde, energia, mineração, manufatura e varejo, devem aplicá-lo para garantir:

  • Conformidade contábil e fiscal;
  • Transparência em operações societárias;
  • Base segura para auditorias e decisões estratégicas;
  • Prevenção de distorções patrimoniais.

Como definir os critérios de mensuração de ativos e passivos?

Para um ajuste patrimonial eficiente, o primeiro passo é definir o critério de mensuração: custo histórico ou valor justo, conforme o CPC 46.

O valor justo é o mais indicado quando se busca refletir com precisão a condição econômica dos bens no patrimônio líquido. Isso é essencial para empresas que priorizam controle patrimonial, preparo para auditorias e transparência em transações societárias.

A decisão deve considerar:

  • A relevância do ativo ou passivo;
  • A confiabilidade das estimativas;
  • O impacto contábil da mudança;
  • A disponibilidade de dados de mercado atualizados.

Optar pelo valor justo requer laudo técnico robusto e notas explicativas consistentes no balanço, reforçando a credibilidade das informações e evitando interpretações equivocadas.

A importância do laudo técnico no ajuste de avaliação patrimonial

O laudo técnico é fundamental para validar juridicamente e contabilmente o ajuste de avaliação patrimonial.

Emitido por peritos habilitados — como engenheiros, contadores ou consultorias especializadas —, deve seguir normas como o CPC 46 e as diretrizes do IBAPE. O documento considera:

  • Estado de conservação e uso;
  • Vida útil restante;
  • Localização e acessibilidade;
  • Manutenção e operação;
  • Comparativos de mercado.

Em ativos fixos, ele confirma se o valor contábil ainda reflete a realidade. É indispensável em reavaliações, fusões, incorporações ou atualizações periódicas.

Sem esse laudo, o ajuste perde confiabilidade, comprometendo auditorias e o cumprimento da Lei 11.638/07.

A CPCON elabora laudos técnicos completos com análises quantitativas e qualitativas, base documental sólida e metodologia reconhecida pelo mercado.

Como contabilizar os ajustes de avaliação patrimonial?

Após definir os critérios de mensuração e obter o laudo técnico, o ajuste patrimonial deve ser registrado na contabilidade.

Esse lançamento não impacta o resultado do exercício: é feito diretamente no patrimônio líquido, conforme a Lei 11.638/07. O valor do ativo ou passivo é ajustado, com contrapartida na conta “Ajuste de Avaliação Patrimonial”.

Exemplo: se um equipamento passa de R$100.000 para R$130.000, registra-se:

  • Débito: Equipamentos – R$30.000
  • Crédito: Ajuste de Avaliação Patrimonial – R$30.000

O ajuste aparece na DRA e DMPL, sem afetar receitas ou despesas operacionais. Em ativos depreciáveis, o novo valor ajustado altera a base de cálculo da depreciação, conforme a vida útil estimada.

As notas explicativas devem detalhar a metodologia adotada, impactos patrimoniais e justificativas do valor justo.

O ajuste de avaliação patrimonial é um ativo ou passivo?

Embora se relacione a ativos e passivos, o ajuste de avaliação patrimonial não pertence a nenhum desses grupos: ele é registrado no patrimônio líquido, na conta “Ajuste de Avaliação Patrimonial”, criada pela Lei 11.638/07.

Quando um bem é reavaliado para cima, o novo valor entra no ativo, e a diferença vai para o patrimônio líquido como ajuste positivo. Se o valor for reduzido (sem ser depreciação ou impairment), o ajuste é negativo — também no patrimônio líquido.

Esse tratamento evita que as reavaliações distorçam o resultado do exercício, mantendo a aderência ao regime de competência.

A conta atua como elo entre o valor técnico do bem e sua representação contábil, assegurando transparência sem afetar o desempenho operacional da empresa.

Ajuste de avaliação patrimonial

Como fazer o ajuste de avaliação patrimonial na prática: do cálculo ao lançamento contábil

O ajuste de avaliação patrimonial exige atenção a detalhes técnicos, mas seu processo de registro pode ser descomplicado quando bem estruturado.

A seguir, apresentamos um passo a passo completo, acompanhado de exemplos reais aplicados à rotina contábil de empresas de diferentes setores.

Passo 1: Identifique os ativos ou passivos a serem reavaliados

O primeiro passo é mapear quais bens da empresa precisam ser atualizados. É comum que isso ocorra em casos de:

  • Encerramento de exercício fiscal
  • Processos de fusão, aquisição ou venda
  • Solicitações de auditoria externa
  • Revisão periódica do controle patrimonial

Passo 2: Obtenha um laudo técnico confiável

A base para o ajuste é sempre um laudo técnico emitido por profissionais habilitados. Ele determina o valor justo com base em critérios como:

  • Condição física e funcional do ativo
  • Vida útil remanescente
  • Valor de mercado e comparações setoriais
  • Estado de conservação e atualizações tecnológicas

Passo 3: Calcule a diferença entre valor contábil e valor justo

Compare o valor contábil líquido atual do bem com o valor justo indicado no laudo. A diferença entre esses dois valores é o montante que será lançado na conta “Ajuste de Avaliação Patrimonial”.

Passo 4: Realize o lançamento contábil

O lançamento deve ser feito diretamente no patrimônio líquido, sem transitar pelo resultado do exercício.

Exemplo: Valorização de equipamento industrial

  • Valor contábil líquido atual: R$400.000
  • Valor justo segundo laudo: R$620.000
  • Ajuste positivo: R$220.000

Lançamento contábil

  • Débito: Equipamentos – R$220.000
  • Crédito: Ajuste de Avaliação Patrimonial – R$220.000

Passo 5: Atualize controles e projeções

Se o bem estiver sujeito à depreciação, a nova base deve ser usada nos períodos seguintes.

Atualize a vida útil estimada no sistema patrimonial e revise o plano de fluxo de caixa e orçamento de capital quando necessário.

Passo 6: Registre o ajuste nas demonstrações contábeis

O ajuste precisa aparecer em:

  • DRA – Demonstração do Resultado Abrangente
  • DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Notas explicativas do balanço patrimonial, detalhando metodologia, critérios e justificativas para o uso do valor justo.

Quais documentos e informações devem acompanhar o lançamento contábil?

Para que o ajuste patrimonial seja válido e transparente, é essencial sustentá-lo com uma base documental robusta. Esses documentos asseguram conformidade contábil e fiscal, facilitam auditorias e reforçam a gestão responsável dos ativos.

Principais materiais que devem acompanhar o lançamento:

  1. Laudo técnico de avaliação
  2. Cálculos detalhados
  3. Demonstrações financeiras impactadas
  4. Aprovações internas e pareceres
  5. Histórico e controle patrimonial

Valor justo e CPCs aplicáveis: o que dizem as normas sobre o ajuste de avaliação patrimonial

O ajuste de avaliação patrimonial tem como base o valor justo, conforme o CPC 46 — definido como o preço que seria recebido na venda de um ativo ou pago na transferência de um passivo, em condições normais de mercado entre partes independentes.

Esse conceito substitui o custo histórico e oferece uma visão mais atual da posição patrimonial da empresa.

CPC 46 – Mensuração do Valor Justo

Estabelece três níveis de mensuração:

  1. Preços de mercado ativos;
  2. Dados indiretos (ex: índices);
  3. Estimativas baseadas em premissas e laudos.

Ativos como imóveis, máquinas e softwares geralmente se enquadram nos níveis 2 e 3, exigindo análises técnicas.

ICPC 10 – Adoção inicial da Lei 11.638/07 e da Lei 11.941/09

Introduz o “deemed cost”, permitindo ajustar ativos ao valor justo como ponto de partida, sem afetar o resultado.

Foi o marco para a criação da conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial no patrimônio líquido.

CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável (Impairment)

Trata do reconhecimento de perdas por desvalorização (impairment). Caso o valor contábil supere o recuperável, é necessário registrar a perda — o que pode motivar ou complementar um ajuste patrimonial.

Quando se deve fazer o ajuste de avaliação patrimonial?

O ajuste de avaliação patrimonial não é contínuo, mas deve ser aplicado sempre que for necessário refletir com fidelidade o valor justo dos ativos e passivos.

Sua aplicação reforça a transparência e a conformidade contábil.

Principais momentos em que o ajuste é necessário ou recomendado:

  1. Encerramento do exercício contábil
  2. Fusões, incorporações, cisões ou vendas
  3. Auditorias externas ou due diligence
  4. Distorções patrimoniais relevantes
  5. Revisões patrimoniais ou testes de impairment

Quais as vantagens do ajuste de avaliação patrimonial?

Mais que conformidade, o ajuste patrimonial traz benefícios estratégicos para a gestão e a governança da empresa.

Principais vantagens:

  • Diagnóstico financeiro mais preciso
  • Transparência em fusões, aquisições e vendas
  • Conformidade com normas fiscais e contábeis
  • Detecção de riscos patrimoniais

Como a CPCON apoia sua empresa no ajuste de avaliação patrimonial

Com mais de 25 anos de experiência em gestão e avaliação patrimonial, a CPCON é referência nacional na condução de processos técnicos com alto grau de precisão, conformidade normativa e agilidade operacional.

Ao lado da sua equipe contábil e financeira, a CPCON entrega soluções completas para realizar o ajuste de avaliação patrimonial com segurança e assertividade, desde o diagnóstico inicial até o suporte em auditorias.

Veja como podemos ajudar sua empresa:

  • Elaboração de laudos técnicos de avaliação, conforme normas do IBAPE, ABNT e CPC 46.
  • Identificação e classificação de ativos com base em critérios contábeis, fiscais e operacionais.
  • Inventário físico e conciliação contábil para validação de dados patrimoniais.
  • Consultoria estratégica em controle patrimonial e reestruturação de ativos.
  • Apoio em auditorias externas, processos de fusão, aquisição e due diligence.
  • Tecnologia RFID para rastreabilidade e automação de processos patrimoniais.

Com atuação em setores como manufatura, varejo, saúde, energia, mineração e logística, a CPCON adapta cada projeto à realidade do cliente, sempre com foco em eficiência, conformidade e governança.

Conclusão

O ajuste de avaliação patrimonial é mais do que um procedimento contábil — é um instrumento estratégico para garantir transparência, precisão e confiabilidade nas demonstrações financeiras da empresa.

Ao alinhar os ativos e passivos ao seu valor justo, a organização não apenas cumpre exigências legais e normativas (como a Lei 11.638/07 e o CPC 46), mas também fortalece sua imagem diante do mercado, investidores e órgãos reguladores.

Adotar esse ajuste com suporte técnico qualificado, documentação sólida e visão de longo prazo é um diferencial competitivo que reforça a governança patrimonial e a gestão de riscos.

Pronto para aplicar o ajuste de avaliação patrimonial com segurança e excelência técnica?

Fale com os especialistas da CPCON e descubra como transformar seus ativos em uma vantagem estratégica — com laudos confiáveis, conformidade normativa e total apoio ao seu time contábil e financeiro.

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FAQ — Ajuste de Avaliação Patrimonial

Por que o ajuste de avaliação patrimonial não impacta o lucro da empresa?

Porque ele é registrado diretamente no patrimônio líquido e não transita pelo resultado do exercício. Seu efeito aparece na Demonstração do Resultado Abrangente (DRA), mantendo o regime de competência.

Qual a diferença entre ajuste de avaliação patrimonial e reavaliação de ativos?

A reavaliação de ativos foi extinta pela Lei 11.638/07. O ajuste, por outro lado, é permitido e deve ser baseado no valor justo, desde que com laudo técnico e dentro dos critérios do CPC 46.

Posso usar o ajuste para aumentar o capital social?

Sim, desde que os valores estejam devidamente registrados e formalizados no patrimônio líquido. Porém, isso pode ter implicações fiscais e deve ser feito com apoio jurídico e contábil.

O ajuste pode ser feito em empresas de pequeno porte?

Pode, desde que haja relevância e justificativa técnica. Em empresas menores, é comum aplicar o ajuste em momentos pontuais, como em processos de venda, fusão ou auditoria.

Preciso atualizar todos os ativos da empresa de uma vez?

Não necessariamente. O ajuste pode ser aplicado apenas aos ativos relevantes ou que apresentem diferença significativa entre o valor contábil e o valor justo.

Um ajuste negativo pode indicar perda ou problema na gestão?

Não. Um ajuste negativo apenas reflete o valor de mercado atual. Ele pode, inclusive, ajudar a corrigir a supervalorização e prevenir distorções contábeis.

Como a CPCON apoia empresas nesse processo?

A CPCON realiza laudos técnicos completos, com metodologia reconhecida e alinhada aos CPCs. Também oferece suporte na documentação, auditoria, controle patrimonial e integração com sistemas de gestão.

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