A gestão patrimonial é um aspecto fundamental da administração de uma empresa, e a depreciação é um elemento importante dessa gestão.
A depreciação se refere à perda de valor de um ativo ao longo do tempo, e compreendê-la é essencial para a tomada de decisões financeiras e contábeis bem informadas.
A seguir, exploraremos o que é a depreciação, sua importância na gestão patrimonial e como ela afeta a demonstração do resultado de uma empresa.
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ToggleO que é depreciação?
Depreciação é a perda de valor de um ativo fixo tangível ao longo do tempo, decorrente de seu uso, desgaste ou obsolescência. Isso ocorre porque, à medida que um ativo é usado, seu valor diminui, e eventualmente ele precisará ser substituído.
A depreciação é uma despesa não-caixa que é contabilizada pela redução do valor contábil do ativo depreciável durante sua vida útil. Esse processo de contabilização é necessário para garantir que a empresa reflita com precisão o valor atual de seus ativos e as despesas associadas a eles.
Importância da depreciação na gestão patrimonial:
A depreciação é um componente crítico na gestão patrimonial porque permite que as empresas distribuam o custo de um ativo fixo tangível ao longo de sua vida útil, em vez de registrá-lo como uma despesa única no momento da compra. Isso é importante porque muitas vezes os ativos fixos tangíveis são caros e têm uma vida útil longa.
Distribuir o custo desses ativos ao longo de sua vida útil ajuda a empresa a refletir de forma mais precisa a sua situação financeira, além de permitir que ela se planeje para as despesas futuras com a substituição do ativo depreciado.
A depreciação também é importante para fins fiscais e contábeis, pois pode impactar a base tributária e a demonstração do resultado da empresa. Em suma, compreender a depreciação e gerenciá-la de forma eficaz é essencial para a gestão patrimonial adequada e para a tomada de decisões financeiras bem informadas.
O Conceito de Depreciação dos Bens
Depreciação consiste na perda natural do valor dos bens. Essa desvalorização ocorre devido ao desgaste natural destes ativos, desgaste causado pela ação da natureza ou então causado pelo uso destes bens no processo produtivo. Este conceito afeta a Gestão Patrimonial, pois quanto mais depreciado estiver um bem, menos imposto é pago sobre ele. A depreciação é interessante para a gestão de uma empresa, pois a medida que o bem vai depreciando, a empresa vai pagando menos imposto sobre o mesmo e vai acumulando capital que pode ser empregado para compra de um novo bem semelhante, proporcionando uma oportunidade de perpetuação e renovação da atividade da empresa por um período de tempo indeterminado e totalmente relevante para um gestão contábil eficiente. Tradicionalmente a depreciação/desvalorização dos bens é calculada anualmente. Como um exemplo simples de como atua a depreciação temos por exemplo os veículos e o IPVA. A cada ano o carro perde naturalmente valor de tabela e o IPVA pago sobre o mesmo decresce.
Métodos de Depreciação considerados na Gestão Patrimonial
Existem alguns métodos básicos para se calcular a depreciação dos bens:
- Depreciação Linear ( modelo clássico ): no modelo linear, a depreciação é calculada se aplicando uma taxa de desvalorização constante sobre o bem que perde o mesmo valor anualmente. A depreciação é calculada levando em conta a vida útil média do bem. Consideremos por exemplo o valor inicial do bem em 100% ( 0% de desgaste ), se a sua vida util é de 5 anos, a depreciação linear do mesmo é 20% ao ano, ou seja 100 / 5.
- Depreciação por Uso: modelo empregado ocasionalmente para o calculo da depreciação de máquinas de linha de produção. Neste modelo é calculada uma média de quantas unidades uma máquina é capaz de produzir durante a sua vida útil e ela vai depreciando de modo não linear a medida que for produzindo. Considerando por exemplo que uma máquina injetora de plático é capaz de produzir 400.000 peças durante sua vida útil se ela produzir 125.000 unidade em um ano vai peder 31% de seu valor. Além de unidades produzidas também podemos contabilizar neste modelo, horas de uso, o procedimento é exatamente o mesmo.
Depreciação Acelerada
A depreciação é calculada como padrão levando em conta que uma máquina ou veículo produz durante 8 horas diárias no máximo. No entanto, na prática, pode ser que um veiculo ou máquina produza durante todo o dia, sendo operado em diversos turnos por várias pessoas diferentes, neste caso temos a chamada depreciação acelerada. Neste modelo, a depreciação pode ser acelerada segundo a aplicação de 3 coeficientes dependendo de quanto o bem é requisitado:
- Desvalorização Normal ( coeficiente = 1 ): ocorre quando o bem é utilizado em 1 turno de 8 horas por dia.
- Desvalorização Acelerada ( coeficiente = 1,5 ): ocorre quando o bem é utilizado em 2 turnos de 8 horas por dia.
- Desvalorização Máxima ( coeficiente = 2 ): ocorre quando o bem é utilizado em 3 turnos de 8 horas. Utilização máxima e depreciação máxima.
Reavaliação dos Bens Patrimoniais
Mas, e se após o bem estiver totalmente depreciado ainda estiver em condições de uso? Um veículo por exemplo, que deprecia totalmente em 5 anos, e se ele ainda tiver condições de rodar depois deste período? Neste caso, devemos realizar a chamada re-avaliação do bem, neste processo o bem é re-avaliado, sendo atribuído um novo valor ao mesmo e a depreciação é reiniciada.
Tabela de Depreciação
Abaixo uma tabela básica resumindo segundo a legislação Brasileira como os bens são depreciados:
Bem | Taxa de Depreciação |
Aeronaves e Embarcações | 5% a.a. |
Aparelhos de Medição, Equipamentos de Comunicação e Ferramentas | 10% a.a. |
Máquinas e Equipamentos Industriais | 10% a.a. |
Máquinas e Equipamentos de Produção de Energia | 10% a.a. |
Computadores e Equipamentos de Informática | 20% a.a. |
Tratores Leves, Pesados e Máquinas Agricolas | 20% a.a. |
Móveis | 10% a.a. |
Veículos Leves e Pesados em Geral | 20% a.a. |
Com a mudança na lei 11.638 tem se a possibilidade da Redução ao Valor Recuperável de Ativos , sendo necessário avaliações nos ativos do empreendimento para verificar tal possibilidade.
Avaliação de Ativos
A gestão patrimonial é uma atividade que visa gerenciar todos os bens de uma empresa, desde a aquisição até a sua baixa. Um dos aspectos mais importantes dessa gestão é a depreciação de ativos, que se refere à redução do valor de um bem ao longo do tempo. Nesse contexto, a avaliação de ativos é fundamental para determinar o valor desses bens, e consequentemente, o montante de depreciação que deverá ser contabilizado.
Conceito de avaliação de ativos:
A avaliação de ativos é um processo sistemático de determinação do valor de um bem, levando em consideração as suas características e condições de uso. Esse processo envolve a aplicação de métodos quantitativos e qualitativos, que permitem chegar a um valor justo para o ativo em questão. A avaliação pode ser realizada por uma equipe interna ou por uma empresa especializada, e é um procedimento essencial para a gestão patrimonial.
Métodos de avaliação de ativos:
Existem diversos métodos de avaliação de ativos, que variam de acordo com as características do bem e com os objetivos da avaliação. Alguns dos métodos mais comuns são o custo de reposição, o valor de mercado, o valor residual e o fluxo de caixa descontado. Cada método tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha do método mais adequado deve levar em consideração o contexto em que a avaliação será realizada.
Impacto da avaliação de ativos na depreciação:
A avaliação de ativos tem um impacto direto na depreciação, uma vez que o valor do ativo é utilizado como base para o cálculo da depreciação. Dessa forma, a escolha do método de avaliação pode influenciar o valor da depreciação, e consequentemente, o resultado da empresa. Por exemplo, se a avaliação for baseada no valor de mercado, o valor do ativo poderá ser maior do que o valor contábil, o que resultará em uma depreciação menor. Já se a avaliação for baseada no custo de reposição, o valor do ativo poderá ser menor do que o valor contábil, o que resultará em uma depreciação maior. Por isso, é fundamental que a avaliação de ativos seja realizada de forma criteriosa, levando em consideração todos os aspectos relevantes para a gestão patrimonial.