PIS e COFINS: entenda a importância desses tributos

É essencial entender alguns tributos pagos pela empresa, principalmente PIS e COFINS. Eles apresentam uma enorme relevância para o cidadão e para o negócio, além de interferir em outros impostos. Saiba o que significa cada um desses tributos, as suas normas e outras leis relacionadas. Além disso, entenda outro aspecto importante: o PIS e COFINS lucro real

O que significa PIS e COFINS?

Apesar do PIS e COFINS serem tributos que “andam lado a lado”, as suas definições são distintas. PIS é a sigla para Programa de Integração Social, já COFINS significa “Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social”. Ambos têm a mesma base de cálculo, mas a destinação do valor recolhido com esses tributos é diferente.

O primeiro promove a integração social do empregado, enquanto o segundo funciona como uma contribuição ao financiamento da Seguridade Social, que inclui, por exemplo, previdência social, saúde pública e assistência social.

Logo, PIS e COFINS são importantes pois estão relacionados a assuntos que afetam diretamente o cidadão e também estão ligados a outros impostos relevantes para a arrecadação estatal, como o ICMS.

Quando PIS e COFINS devem ser recolhidos?

PIS e COFINS precisam ser recolhidos sempre que uma empresa consegue as receitas no mês. O seu pagamento é feito até dia 25 do mês seguinte ao fato gerador, que é o aferimento de receitas pelas pessoas jurídicas.

Lei PIS e COFINS

Para entendê-los melhor, é preciso verificar a lei PIS e COFINS. Segundo a Lei Complementar nº 7 de 7 de Setembro de 1970, artigo primeiro, o PIS “é instituído, na forma prevista nesta Lei, o Programa de Integração Social, destinado a promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas”. 

No caso de COFINS, a Lei Complementar nº 70, de 30 de Dezembro de 1991, artigo primeiro, diz que “sem prejuízo da cobrança das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), fica instituída contribuição social para financiamento da Seguridade Social, nos termos do inciso I do art. 195 da Constituição Federal, devida pelas pessoas jurídicas inclusive as a elas equiparadas pela legislação do imposto de renda, destinadas exclusivamente às despesas com atividades-fins das áreas de saúde, previdência e assistência social”.

PIS e COFINS lucro real

Antes de compreender o lucro real e presumido, é necessário saber como calcular esses tributos. Para isso, deve-se observar a comutatividade, que pode ter uma incidência cumulativa ou não-cumulativa. Basicamente, no PIS COFINS lucro real, a alíquota do PIS muda, passando de 0,65% para 1,65%. Já a alíquota da COFINS passa de 3% para 7,6% da Receita.

Incidência cumulativa

Na incidência cumulativa não existe apropriação de créditos dos custos, encargos e despesas. Neste regime estão as organizações que apuram o Imposto de Renda com base no Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado. O PIS e COFINS tem uma alíquota de 0,65% e 3%, respectivamente. Para calcular a incidência cumulativa, multiplique o faturamento bruto pela alíquota.

Incidência não-cumulativa

Nesse regime, há a apropriação de créditos em relação a custos, despesas e encargos da empresa. As organizações que funcionam em incidência não-cumulativa são as que apuram o imposto de renda com base no PIS COFINS Lucro Real.

Nesse caso, as alíquotas do PIS e COFINS são respectivamente 1,65% e 7,6%. Para calcular esses impostos no regime não-cumulativo deve-se considerar, além do faturamento, o valor das compras do período seguindo a fórmula:

PIS/COFINS = PIS/COFINS sobre as vendas – Crédito sobre as compras.

Créditos de PIS e COFINS que o ativo imobilizado gera

O que muita gente desconhece é a possibilidade de aproveitar os créditos nas aquisições de bens de créditos de PIS e COFINS integrados ao ativo imobilizado da pessoa jurídica. A seguir, veja algumas formas de tornar isso possível:

  1. Créditos sobre valor de aquisição
  2. Creditos sobre os encargos de depreciação
  3. Apuração de créditos de PIS e COFINS

1. Créditos sobre valor de aquisição

Os créditos de PIS e COFINS sobre valor de aquisição são feitos a partir do cálculo relativo ao valor de aquisição de máquinas e equipamentos destinados ao ativo imobilizado. Isso dentro de um prazo de 4 anos. Para calcular corretamente, aplica-se a alíquota sobre o valor que corresponde a 1/48 da quantia de aquisição do bem. Essa regulação é feita de acordo com a Lei 10.833/03.

2. Créditos sobre os encargos de depreciação

Nesse caso, o contribuinte apropria-se de créditos não-cumulativos sobre os encargos de depreciação de máquinas, equipamentos e outros bens de ativo imobilizado. Esses ativos, por sua vez, podem ser adquiridos, fabricados, alugados para terceiros ou também usados para o aproveitamento na produção de bens destinados à venda ou prestação de serviços.

Essa opção também vale para créditos sobre depreciação de edificações e benfeitorias de imóveis próprios ou de terceiros que são utilizados nas atividades da empresa. O cálculo é feito a partir da aplicação da respectiva alíquota referentes às despesas incorridas durante o mês. Todos esses critérios são estabelecidos pelas Leis 10.833/03 e 10.637/02 (III, § 1°, Art. 3°).

3. Apuração de créditos de PIS e COFINS

A apuração de créditos de PIS e COFINS traz outras oportunidades para ativos imobilizados, como desconto de créditos para pessoas jurídicas mediante aquisição no mercado interno ou importação de máquinas e equipamentos.

O prazo muda conforme o período de aquisição. Por isso, vale a pena buscar mais detalhes na Lei 11.774/08 (Redação dada Lei nº 12.546/11) ou obter uma consultoria especializada (clique aqui).

É importante ressaltar que a apuração de créditos de PIS e COFINS somente é válida quando aplicado ao bem integrante de um ativo imobilizado não-alienado. Esses termos foram manifestados pela Receita Federal por meio do Ato Declaratório Interpretativo RFB Nº 3, em junho de 2018.

Conheça a CPCON

Depois de ler esse texto, é possível que você ainda tenha dúvidas sobre o assunto e não saiba por onde começar. Calma: é justamente por esse motivo que a CPCON é uma excelente alternativa no momento.

A empresa realiza inventário e consultoria patrimonial para regularizar a base de ativos e, assim, apurar os créditos de PIS, COFINS e ICMS sobre o ativo. Ou seja, com o auxílio da CPCON, tudo vai ficar mais simples e fácil de ser resolvido. Para saber mais sobre créditos que o ativo imobilizado gera de PIS e COFINS, confira o site do Grupo CPCON!

Referência: https://oliveiracardoso.com.br/creditos-de-pis-e-cofins-sobre-bens-do-ativo-imobilizado/

0 0 votes
Avaliação do artigo
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Você quer um inventario mais eficiente?
Beneficie-se com o rastreio em tempo real, redução significativa de perdas e um aumento notável na velocidade dos processos de gestão de ativos e estoques.
Sobre o Grupo CPCON
No Grupo CPCON, você encontra soluções especializadas em gestão de ativos e estoques, com ênfase na tecnologia RFID, para otimizar e agilizar seus processos. Oferecemos serviços como inventário de ativos, gestão de ativos de TI, consultoria imobiliária, reconciliação fiscal-física e automação com RFID. Além disso, temos gestão de estoque, serviços de avaliação, soluções ágeis, software e consultorias variadas. Nossa vasta experiência, incluindo trabalhos com clientes renomados como Caixa Econômica, Vale e Petrobras, reforça nosso compromisso com ética e proteção de dados.
Guias
Soluções
Cansado de erros e imprecisões na Gestão de Seus Ativos e Estoques?
Experimente a precisão e eficiência da tecnologia RFID do Grupo CPCON. Com rastreamento em tempo real e uma drástica redução nas perdas, acelere os processos de inventário e gestão em sua empresa. Transforme sua gestão de ativos hoje mesmo!
Em destaque
Comitê de Pronunciamento Contábeis

CPC 08 e Custos em Emissão de Títulos

O CPC 08 tem por objetivo prescrever o tratamento contábil aplicável ao registro de custos incrementais incorridos em ações ou bônus de subscrição, na captação de recursos por meio de emissão de títulos de dívida e também em outros títulos patrimoniais de dívida.

Continuar lendo »
Comitê de Pronunciamento Contábeis

CPC 04 e o Ativo Intangível

O objetivo do presente Pronunciamento Técnico é o de definir o tratamento contábil dos ativos intangíveis que não são abrangidos especificamente em outro Pronunciamento e estabelecer que uma entidade deve reconhecer um ativo intangível apenas se determinados critérios especificados nesse Pronunciamento forem atendidos.

Continuar lendo »
Comitê de Pronunciamento Contábeis

CPC 14 e os Instrumentos Financeiros

O Pronunciamento Técnico CPC 14 tem por objetivo estabelecer princípios para o reconhecimento e a mensuração de ativos e passivos financeiros e de alguns contratos de compra e venda de itens não financeiros e para a divulgação de instrumentos financeiros derivativos.

Continuar lendo »
Comitê de Pronunciamento Contábeis

CPC 03 e a Demonstração dos Fluxos de Caixa (R2)

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) com o pronunciamento CPC 03, fornece informação em relação a alterações históricas de caixa e equivalente de caixa de uma entidade através de demonstração classificatória dos fluxos de caixa do período por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

Continuar lendo »
Novidades

Conteúdo Recentes

Rolar para cima